«Certo dia, um caçador foi à caça e comeu a merenda numa fraga, onde ficaram caídas umas migalhas de pão. Veio um porco bispo, pousou na fraga e pôs-se a comer as migalhas.
No fim,
como papo cheio, sentindo-se reconfortado e valente, deitou-se de costas na fraga com as pernitas esticadas para o ar, e começou a gritar:
- Meu Senhor Jesus Cristo
Deitai o céu abaixo
Que eu pego nele com as minhas pernas.
A melra, quando tal ouviu, aflita, com medo que o céu desabasse, imediatamente rogou em contradita:
- Meu Deus não faças isso,
Que é poco bispo,
E não tem pernas p’ra isso.
Ao que o porco bispo, arrenegado, ripostou:~
- Melra cachelra,
Pica na merda,
Quem te mandou a ti responder?»
Versão recolhida em Meirinhos por J. R. dos Santos Junior, 1975, “O Pisco Erithacus Rubecula, numa festa popular de exuberante simbolismo”, in Anuário Brigantino, 2001, n.º 24, pp. 1163-1171. O texto pode ser lido em http://www.ardeola.org/files/1113.pdf(consultado em 17/08/2012).
- Meu Senhor Jesus Cristo
Deitai o céu abaixo
Que eu pego nele com as minhas pernas.
A melra, quando tal ouviu, aflita, com medo que o céu desabasse, imediatamente rogou em contradita:
- Meu Deus não faças isso,
Que é poco bispo,
E não tem pernas p’ra isso.
Ao que o porco bispo, arrenegado, ripostou:~
- Melra cachelra,
Pica na merda,
Quem te mandou a ti responder?»
Versão recolhida em Meirinhos por J. R. dos Santos Junior, 1975, “O Pisco Erithacus Rubecula, numa festa popular de exuberante simbolismo”, in Anuário Brigantino, 2001, n.º 24, pp. 1163-1171. O texto pode ser lido em http://www.ardeola.org/files/1113.pdf(consultado em 17/08/2012).
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