quinta-feira, 16 de agosto de 2012

CONTO DO PORCO PISCO - versão n.º 3 [Versão n.º 1 - Fracisco Niebro - Sendim (Miranda); versão n.º 2 - Teresa Barreira - Lombada (Bragança)]

Versão de Grijó de Parada - Macedo de Cavaleiros (A.M.Pires Cabral, 2012), publicada na revista Te
llus, 56, p.65. (http://www.cm-vilareal.pt/gremio/images/publicacoes/tellus_56.pdf)

PORCO. Pisco: Pequena ave migratória, o mesmo que pisco simplesmente (Erithacus rubecula). Sobre esta avezinha conta-se em Grijó, M. Cavaleiros, a seguinte história: Uma vez andava o porco-pisco a banhar-se na ribeira. A certa altura virou-se de pernas para o ar e com a euforia derivada do prazer do banho, saiu-lhe esta bazófia: ‘Se agora o céu caísse abaixo, eu era capaz de o aguentar nas minhas pernas!’ Naquele preciso instante ouviu-se um trovão. Assustado, julgando que era um castigo divino pela sua bravata, diz o porco-pisco muito depressa: ‘Ó meu divino Senhor, num bos fintedes (não vos finteis) no porco-pisco, que num tem perninhas para isso.’

Deixa-se aqui nota do contexto em que esta publicação é feita:
"No âmbito do Ciclo ‘Fala Churra’, que o Grémio Literário Vila-Realense vem realizando desde 2010, teve lugar em 10 de Novembro uma sessão com o título “Histórias que as palavras contam”, em que se coligiram mais de três dúzias de verbetes, reflectindo muitos deles o espírito de humor das gentes trasmontanas e alto-durienses. Aí os deixamos, por nos parecer interessante a sua divulgação e para prazer do Leitor amante da sabedoria, da cultura, do humor e da linguagem popular."

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